Brasil-Luta de Classes–São Paulo. Greve de 24 horas!

 

Greve de hoje, 03/10, não é a última cartada contra privatizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Sabesp, Metrô e CPTM. Greve Unificada.

 

Contra as privatizações e Pelos direitos dos trabalhadores

247

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou para o dia de hoje uma greve de 24 horas que teve início à meia-noite. A paralisação é uma resposta ao plano de privatização proposto pelo governador Tarcisio de Freitas, que visa transferir para o setor privado os serviços públicos de transporte sobre trilhos e saneamento básico e fornecimento de água no estado.

A greve, que será unificada com os sindicatos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), tem como objetivo mostrar a insatisfação dos trabalhadores com as iniciativas de privatização do governo estadual.

Comunicado Oficial

Em um comunicado oficial, o sindicato destacou que essa greve unificada não é apenas uma “última cartada”, mas sim um passo significativo em sua luta contínua contra a privatização. Além disso, eles enfatizaram a importância do plebiscito como uma arma decisiva na disputa da opinião pública sobre a privatização.

O dia 3 de outubro marcará a luta contra o leilão da Linha 7 da CPTM, a tramitação da privatização da SABESP na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) e as terceirizações no Metrô. Os sindicatos também expressaram sua intenção de debater a continuidade da luta contra a terceirização, caso os editais dos pregões que visam terceirizar serviços realizados por metroviários não sejam retirados.

Uma das principais preocupações dos sindicatos é o Plano de Contingência, que, segundo eles, ataca o direito de greve e facilita a privatização. Eles convocaram todos os membros da categoria a não aceitarem o Plano de Contingência, argumentando que ele visa impedir a greve e, ao mesmo tempo, impor a privatização, o que pode prejudicar a qualidade dos serviços públicos e levar ao desemprego.

O sindicato também convidou diversas organizações, incluindo OTM3, OTM4, ASM2 e a Administração, a participarem de uma reunião de ativistas no dia 28 de setembro para debater a luta contra as terceirizações, privatizações e o direito de greve previsto na Constituição Federal.

Em preparação para a greve, os trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp realizarão um ato e assembleia unificada no dia 3 de outubro para organizar os piquetes e garantir uma paralisação eficaz.

A mensagem final é clara: no dia 3 de outubro, São Paulo vai parar contra as privatizações e pelos direitos dos trabalhadores. A luta também inclui a exigência de que o governo Tarcisio de Freitas consulte a população em um plebiscito oficial sobre as privatizações dos serviços públicos no Estado. Além disso, está programada uma nova assembleia da categoria no mesmo dia para discutir a continuidade da luta caso os editais de pregões das terceirizações no Metrô não sejam cancelados. A mobilização promete ser intensa em defesa dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores.

Projeto Privativista

 “Projeto Privatista de Tarcisio”

Piquetes começaram a ser instalados nesta madrugada e o objetivo é parar o plano de privatização da empresa

A partir da meia-noite desta terça-feira, 3 de outubro, os trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM estarão em greve, unindo-se em um ato simbólico contra a privatização dos serviços essenciais em São Paulo. A decisão foi anunciada em um ato de organização para a greve realizado na quadra do sindicato dos bancários, que recebeu o apoio de diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e parlamentares.

O Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) iniciará os piquetes na madrugada desta terça-feira e realizará um ato político às 15 horas na Sabesp da Ponte Pequena, localizada na Avenida Santos Dumont, 555.

Nesta terça-feira, a direção do Sintaema foi convocada para uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde reafirmou ao juiz que presidiu a sessão que a greve é um direito constitucional e que este movimento defende os direitos do povo de São Paulo à água e ao saneamento públicos.

No ato no sindicato dos bancários, José Faggian, presidente do Sintaema, elogiou a unidade do movimento contra a privatização e saudou diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e parlamentares que compreenderam a gravidade da situação. Ele denunciou as manobras do governador Tarcísio de Freitas para acelerar a privatização da Sabesp, destacando a aprovação de um decreto que concede ao governador e ao prefeito de São Paulo o poder de decidir as políticas de saneamento em todos os municípios operados pela Sabesp.

Faggian enfatizou que a greve é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a luta contra as privatizações, especialmente os filhos da classe trabalhadora, que seriam os mais prejudicados. Ele ressaltou que a luta não terminará após o dia da greve, reforçando o compromisso contínuo em defesa dos serviços públicos.

 Greve Unificada

Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários, chamou a greve de um “momento histórico” que representa a unidade dos movimentos contra as privatizações da Sabesp, do Metrô e da CPTM. Ela enfatizou que a luta não terminará com a greve e que há muito trabalho pela frente.

Segundo Camila, enquanto Tarcísio engana a população com promessas vazias, o processo de privatização dos serviços essenciais avança rapidamente. Já está marcado um leilão para a linha 9 da CPTM, e um Projeto de Lei para autorizar a venda da Sabesp está sendo encaminhado para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Além disso, um estudo de 62 milhões, sem licitação, foi encomendado para viabilizar a privatização do Metrô.

Os dirigentes sindicais destacaram que a população tem demonstrado apoio aos trabalhadores e ao plebiscito popular, que rejeita as mentiras do governo sobre as privatizações. A greve também desempenhará um papel importante em desmascarar o projeto privatista do governador.

Representantes dos sindicatos dos ferroviários de São Paulo e do Sindicato Central do Brasil abordaram a experiência da privatização no transporte público do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, destacando demissões em massa e tarifas mais altas como resultados negativos.

Os trabalhadores reivindicam o cancelamento dos processos de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM e exigem a realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre o projeto privatista do governador Tarcísio de Freitas. A greve unificada representa um esforço conjunto para proteger os serviços públicos essenciais em São Paulo.

Governador ataca trabalhadores

Tarcísio Gomes de Freitas

@tarcisiogdf

É lamentável que a população de São Paulo acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos. Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado.

 

PS do Colaborador:

Fotoarte; “Estamos em Greve!”

 

https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/greve-de-hoje-nao-e-a-ultima-cartada-contra-privatizacoes-dizem-metroviarios

 

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