Brasil: EE.UU. barram Jucá, o homem-forte de Temer
Saiu neste sábado (30) no jornal O Globo, o mais chapa-branca da mídia golpista: «O ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, que é também presidente do PMDB e principal articulador do governo Temer no Congresso, programou uma viagem aos Estados Unidos, no recesso parlamentar, mas teve o seu pedido de visto negado pelo governo americano, por estar sendo investigado pela Lava-Jato». O fato curioso não virou manchete no diário e nem repercutiu no Jornal Nacional da famiglia Marinho, mas revela bem o caráter do covil golpista resultante do «golpe dos corruptos».
A notinha ainda dá um alerta para os outros interinos do governo ilegítimo de Michel Temer – muitos deles envolvidos em escândalos de corrupção: «Oficialmente, segundo o Ministério Público Federal, nenhum dos denunciados na Operação Lava-Jato está proibido de deixar o país, salvo, evidentemente, os que já foram condenados. Informalmente, porém, fontes do MP observam que, mesmo não existindo alerta internacional contra a maioria dos investigados na Lava-Jato, autoridades de muitos países realmente têm negado acesso aos investigados por corrupção no Brasil. E que Jucá não foi o primeiro dos enrascados na operação a levar a porta na cara de outro país».
O oportunista Romero Jucá foi um dos líderes do golpe parlamentar que resultou no impeachment da presidenta Dilma. Logo após o assalto ao Palácio do Planalto, ele foi nomeado para o Ministério do Planejamento e passou a ser tratado pela mídia chapa-branca como «homem-forte» do Judas Michel Temer. Sua ascensão, porém, não durou muitos dias. Ele foi o primeiro «sinistro» a ser defecado após a revelação de grampos da Polícia Federal que indicavam sua participação no esquema de corrupção da Petrobras e o seu intento de «estancar a sangria» das investigações da Lava-Jato.
Mesmo exonerado, Romero Jucá seguiu dando ordens em Brasília. A mídia chapa-branca publicou – sem qualquer comentário mais cáustico – várias fotos do defenestrado em «reuniões de trabalho» no Palácio do Planalto. Um articulista da Folha chegou a chamá-lo de «ministro oculto». Nos bastidores do Senado, o peemedebista chegou a se jactar da sua influência no governo. Nos EUA, Romero Jucá é barrado por suspeita de corrupção. Já no Brasil do golpe midiático-judicial-parlamentar, o «homem-forte» do usurpador Michel Temer segue cantando de galo!
PS do colaborador:
Fotoarte: «Não é flor que se cheire»