
Brasil e a costureira do STF
Costurando a fantasia do parlamentarismo para vestir o golpe de estado
Retirar Michel Temer do cenário com tudo que ele representa, mas sem o longo e pedregoso caminho do impeachment às vésperas das eleições.
Essa parece ser a saída encontrada para o impasse nacional provocado pela paralisação dos caminhoneiros, petroleiros e outras categorias que aderem ao movimento.
As mesmas máquinas do judiciário, do Congresso Nacional e da mídia, que costuraram o golpe de estado para derrubar a presidenta Dilma tecem agora a fantasia do parlamentarismo.
Querem vestir o golpe de estado com uma roupa nova para o desfile em outra eleição. Por mais que tenham ensaiado candidatos, até debutantes na política, não conseguiram aprontar nenhum que defendesse o que fizeram com o Brasil. A retumbante paralisação dos caminhoneiros arrancou as últimas máscaras do governo e o «Fora Temer!» ecoou de todos os cantos do país.
Não conseguiram realizar o sonho de um candidato neoliberal puro sangue, que pudesse inocular no país todo o ódio que sentem pelo Estado como indutor do desenvolvimento sustentável e o amor às privatizações, com a ajuda dos pierrôs e colombinas do Movimento Brasil Livre, Vem pra Rua, Revoltados Online, Instituto Millenium, Wilson Center, Atlas Network e outras escolinhas do capitalismo selvagem.
A costureira Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, junto com o costureiro Luiz Fux, do Tribunal Superior Eleitoral, mais o menino do Rio, Rodrigo Maia, que faz baínha, arremata e prega botões, correm contra o tempo, pois as eleições vêm aí e os banqueiros e gerentes das grandes corporações multinacionais não querem saber dessa festa eleitoral com o ex-presidente Lula disparado nas pesquisas.
Fotoarte: «A costureita e o estilista»
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