Senador Moro (União Brasil(PR) entregou ao Tribunal Regional Federal (TRF4-RS) uma prova forjada de áudio contra juiz Eduardo Appio, alerta a jornalista Helena Chagas e comenta o jurista Pedro Serrano.
“É o fim do Sergio Moro”
‘Há uma fortíssima possibilidade de que essa gravação tenha sido forjada’, disse a jornalista na TV 247.
247
A jornalista Helena Chagas alertou na segunda-feira (5) no programa Boa Noite 247 para a gravidade da informação de que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) entregou ao Tribunal Regional Federal (TRF4-RS) uma gravação para afastar Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
De acordo com a jornalista, o parlamentar “virou suco”. “Ele está diretamente envolvido na apresentação pública dessa gravação.
Fortíssima possibilidade de que essa gravação tenha sido forjada. É o fim do Sergio Moro”.
Eduardo Appio
O juiz Eduardo Appio é crítico da Lava Jato quando era comandada por Moro, que julgava os processos da operação em primeira instância jurídica. Em março, Appio ouviu o advogado Rodrigo Tacla Duran, que implicou o senador em tentativa de extorsão.
No TRF4, onde são julgados processos em segunda instância da Lava Jato, quem ocupa um dos cargos é João Malucelli, sócio do casal Moro e filho do desembargador Marcelo Malucelli.
A informação sobre o áudio entregue é mais uma possível derrota para Sergio Moro.
Na última sexta (2), o delator Tony Garcia disse ao 247 que, a mando do ex-juiz, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou “Curitiba na Guantánamo brasileira”. Disse que o senador chantageou a rede Walmart.
Derrota de 2021
Outra derrota de Moro aconteceu em 2021, quando ministros do Supremo Tribunal Federal declararam a suspeição dele nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No ano seguinte o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, por consequência, decidiu ser candidato pelo estado do Paraná.
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Comentários de Pedro Serrano
“Agora podemos garantir que o juiz Appio foi vítima de uma fraude”
Jurista Pedro Serrano comentou a perícia que demonstra que o áudio entregue ao TRF-4 pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro foi forjado.
247
O jurista Pedro Serrano, que é também advogado do juiz Eduardo Appio, concedeu uma entrevista aos jornalistas Leonardo Attuch e Leonardo Stoppa, no programa Leo ao Quadrado desta segunda-feira, em que comentou a perícia do professor Pablo Arantes, da Universidade Federal de São Carlos, que demonstrou que a voz do áudio entregue pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro ao TRF-4 para afastá-lo da magistratura foi forjado. “Agora podemos garantir que o juiz Appio foi vítima de uma fraude”, disse ele. “A perícia deixa claro que é zero a possibilidade de que a voz seja do juiz Appio”.
Questionado sobre por que Appio não negou o áudio no dia em que foi divulgado, ele afirmou que esta foi a estratégia da defesa. “Eu o orientei”, diz Serrano. Ele afirma que era necessário ter antes a perícia para que a verdade pudesse se impor de forma incontestável.
Serrano também denunciou a violência de Moro e do TRF-4 contra Appio.
“Nunca se afastou um juiz dessa forma. Moro estava com medo das investigações que Appio estava mandando abrir. Se Appio não voltar, será o maior ataque à jurisdição da nossa história. Afastaram ele do cargo de juiz sem que pudesse se defender”, diz Serrano. “Há uma operação-abafa na justiça do Sul do País. E quem comandou tudo isso foi o ex-juiz Moro”, acrescenta.
O caso Tony Garcia – Serrano também falou sobre a entrevista do empresário Tony Garcia à TV 247, em que ele diz que foi coagido por Moro a forjar provas contra adversários políticos.
“As acusações de Tony Garcia são muito graves e precisam ser apuradas. Se ele é bandido, como diz o ex-juiz Moro, por que não investigar?”, questiona Serrano.
Conselho Nacional de Justiça
O jurista também afirma que o caso do juiz Appio não pode seguir no TRF-4.
“Estamos pedindo que o caso do juiz Appio saia do TRF-4 e vá para o Conselho Nacional de Justiça”, diz Serrano. “Até porque ele estava investigando eventuais crimes cometidos por agentes do Poder Judiciário”.
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PS do Colaborador:
Helena na janela
Fotoarte do Bessinha
